Texto e foto: Francyellen Magalhães

Nos dias de hoje podemos notar como é grande a procura por academias. De acordo com Associação Brasileira de Academias, existem mais de 30 mil estabelecimentos em todo o Brasil e quase oito milhões de alunos, movimentando cerca de 2,5 bilhões de dólares. O segmento de academias de ginástica e condicionamento físico passa por um período de alta contínua há anos.

João Rodrigues é educador físico e personal trainer na academia King Kong em Samambaia. Para o professor, a procura por uma atividade física se dá muito mais pela busca de um ideal estético do que pelos seus benefícios à saúde. “Quando as pessoas se matriculam na academia, grande parte me procura visando um corpo mais sarado, com barriga definida e músculos mais aparentes. A meu ver isso acontece pela grande influência da mídia, que cada vez mais expõe e exibe pessoas com corpos sarados como referencial de saúde”. Ele alerta, no entanto, que ter saúde não significa necessariamente possuir um corpo com pernas torneadas e músculos aparentes.

Uma avaliação física não pode ser dada apenas pelo peso ou visão corporal que se tem do corpo. Até mesmo o IMC (Índice de Massa Corporal) não é uma avaliação precisa, pois os resultados nem sempre estão ligados ao peso e altura. Para uma avaliação mais exata é necessário que passe por outros profissionais da área da saúde, preferencialmente endocrinologista e nutricionista, que solicitarão exames. Um deles é a bioimpedância, que mede a quantidade de água, gordura e massa magra através de uma leve corrente elétrica que passa pelo corpo. Em outras palavras, é um exame que avalia a composição corporal e a quantidade média desses três elementos, bastante comum entre atletas e pessoas que querem se manter saudável e em forma.

Os conceitos de saúde e estética corporal ainda são confusos e acabam por trazer frustrações. Muitas pessoas buscam resultados aparentes, mas por não os verem logo, acabam largando de lado a prática esportiva, desprezando os benefícios “invisíveis”, não notáveis na balança. Por isso, é importante também se preparar mentalmente até alcançar o que se espera.

O processo de mudança

Gláucia Vieira, aluna de João Rodrigues, diz que a sua trajetória não tem sido fácil. “Estou há oito meses na academia, mas é uma luta diária. É necessário disciplina e comprometimento, sem eles é impossível encontrar os resultados desejados, academia não é status, e não é somente estética, cheguei aqui procurando resultados aparentes, mas só com o tempo fui percebendo que não deveria ser assim. ” Conforme Glaucia nos três primeiros meses obteve sim resultados, nada muito visível, porém a mudança em seu condicionamento físico e em sua disposição foi evidente. Dessa forma é fundamental trabalhar o conjunto saúde e estética, já que não adianta ter um corpo bonito por fora e “estragado” por dentro. Ela complementa dizendo que ainda não chegou onde quer, mas hoje sabe o caminho certo. Não basta apenas ir a academia, mas é necessário cuidar da alimentação, já que ela é grande parte do resultado que o corpo alcança.

Uma mudança de hábito, principalmente associada à saúde e à estética, pede mais cuidados e atenção, já que não adianta mexer no corpo para que as mudanças venham conforme a própria vontade. É necessário o acompanhamento de um profissional de educação física, que vai mostrar e auxiliar a maneira correta de como realizar os exercícios. Também é recomendável o acompanhamento de um profissional de nutrição para a elaboração de um programa especifico de alimentação, baseado na nutrição que cada corpo precisa.

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Em uma avaliação  física João e Gláucia  conferem os resultados.